Flash Gordon é um dos filmes mais conhecidos da ficção científica, principalmente por adaptar toda a aventura divertida e despretensiosa dos quadrinhos. Essa pode não ser a maior obra da história do cinema, mas o mais impressionante desse filme é a trilha sonora da banda Queen, um dos motivos para, até hoje, esse filme ser lembrado e adorado por tantos.
Nesse vídeo, vamos lembrar do filme de Flash Gordon, os bastidores do longa e da gravação do álbum da banda Queen, que criou uma das melhores trilhas sonora do cinema e da ficção científica.
É impressionante como o departamento de animações da Sony se renovou nos últimos anos, ou parece estar seguindo esse caminho. Depois do sucesso crítico de Homem-Aranha no Aranhaverso, que foi um filme INCRÍVEL, a próxima grande animação do estúdio é mais um projeto com a dupla Phil Lord e Christopher Miller.
Com uma mistura de comédia, road trip e ficção científica, “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” nos apresenta Katie Mitchell, uma jovem apaixonada por cinema, que está prestes a partir para a faculdade, e está bastante animada porque não aguenta mais se desentender com seu pai, Rick. Depois de uma briga, ele tenta se redimir com uma viagem de carro em família, o que irrita Katie, já que vai perder sua primeira semana na faculdade, mas eles acabam indo mesmo assim.
Todos finalmente começam a se divertir na viagem planejada pelo pai, mas a jornada é interrompida quando os robôs inteligentes da gigante corporação Pal se rebelam contra a humanidade, que foi quase completamente capturada. Os únicos sobreviventes são os Mitchell, que acabam sendo a única chance de derrotar as máquinas.
Produção original do estúdio Paramount, A Guerra do Amanhã, dirigido por Chris McKay, reúne um elenco conhecido e grande orçamento em um blockbuster de ação e ficção científica. Mas por conta da pandemia de Covid-19, o longa foi vendido para o serviço de streaming Amazon Prime Video, por 200 milhões de dólares, onde conseguiu distribuição mundial.
Em A Guerra do Amanhã, o mundo inteiro é surpreendido com o surgimento de um portal que revela um grupo afirmando ter vindo do ano 2051, trazendo a mensagem de que trinta anos no futuro, a humanidade está perdendo a guerra contra uma espécie alienígena. Para virar o jogo, precisam recrutar soldados e civis do presente e transportá-los para o futuro, onde terão a chance de mudar a história. Isso faz com que o professor Dan Forester, interpretado por Chris Pratt, seja um dos escolhidos para a missão – e assim ele pode salvar o futuro para sua filha, enquanto tenta se reconciliar com dramas do passado.
Com uma premissa simples e um conceito promissor, tudo depende da execução. E ela não é das melhores.
O primeiro grande passo em falso são os diálogos expositivos, que entregam muita informação inicialmente aleatória, mas que claramente servem para resolver um conflito ou entregar alguma revelação no futuro da trama, como acontece com as conversas entre o protagonista e sua filha, ou uma sequência conveniente em que um aluno está ansioso demais para falar sobre um tópico pelo qual é apaixonado, e o espectador pode confirmar que isso fará parte do clímax do filme. Por conta de coisas como essa, o filme torna-se mais previsível do que o necessário.
O tom irregular também prejudica a experiência. Humor, drama e ação não casam bem aqui. Falta foco, e nada é aproveitado como deveria. A ação, isolada, é ótima, então talvez ela te segure, mas não espere muitas surpresas, vá pela diversão apenas, e o elenco carismático. O núcleo dramático fica reservado para a relação entre o protagonista e sua filha, tanto que o longa procura explorar uma dinâmica similar a de filmes como Interestelar, de Christopher Nolan, mas não tem sucesso em carregar o mesmo peso dramático, muito disso por conta do próprio Chris Pratt, um ator com timing cômico impecável, mas quando o filme exige uma atuação mais séria dele, não espere muita coisa.
Felizmente, e infelizmente, Berry Gilpin está no elenco fazendo a esposa do Pratt, e ela é uma ótima atriz, recebendo cada vez mais reconhecimento, mas aqui ela possui pouco tempo em tela e serve apenas como a típica esposa que apoia o protagonista e não possui mais características além disso. E outro estereótipo do gênero está na personagem de Yvonne Strahovski, que atua como uma mulher cientista sem tempo para vida pessoal e que tem toda a personalidade moldada na relação com o pai. Ah, e o J.K.Simmons está no elenco, mas só por alguns poucos minutos, e servindo apenas para tentar criar um apelo emocional na história do protagonista.
A direção é de Chris McKay, mais conhecido por animações, como Lego Batman, e a série Robot Chicken. Tendo isso em mente, faz sentido as cenas de ações serem o ponto alto da obra, com efeitos visuais competentes e um bom conceito para as criaturas alienígenas, que podem ser visualmente genéricas, mas tem uma funcionalidade interessante, com poderes e habilidades específicos, mesmo que passem a maior parte do tempo seguindo a cartilha de criatura monstruosa derrubando tudo e fazendo aquele mesmo som alienígena, que parece um estalar, encontrado em filmes como Sinais ou Um Lugar Silencioso.
Quanto ao roteiro de Zach Dean, não tem muito o que fazer. É previsível e repetitivo, sem contar que todo o sistema de viajar no tempo é muito mal aproveitado. Tiveram a chance de criar algo como Arrival e transformar essa premissa envolvendo um portal capaz de nos levar para o futuro em um enredo com teor sócio-político muito interessante, ou ao menos conceitos de paradoxo bem criativos, mas nada disso acontece. A Guerra do Amanhã é o tipo de filme que você provavelmente vai se divertir bastante assistindo, mas apenas se não colocar muita expectativa no enredo, que tenta criar drama em cima da ação, mas não dá atenção o suficiente para desenvolver as histórias dos personagens além de suas características básicas. Mesmo assim, ele tem ótimos visuais, criaturas bem desenhadas e um elenco carismático.